tag:blogger.com,1999:blog-18026645719872575242024-03-18T06:25:13.638-07:00Blás-fêmeao questionamento e a reflexão nos tornam mais conscientes, plenas, felizes, questionadoras e reflexivas! Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.comBlogger212125tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-71500101272434263212024-03-18T06:24:00.000-07:002024-03-18T06:24:14.920-07:00E porque não 85%<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjqWYYAVxQpZWh-V1VwuHoMMevYlH26cEN94ZRBPGJoOu4GcH6UKHeM6Dbsl4mXi288c_u9NKQlNGrraemTtSWwC1oFHUPYkrMw0yuHDJBxIsjeYUsOYF17xdUBpXzOQiaQF8XXCAVmFXsxB7vOTrFGBdlQtHChTGUL1LmWzEOJks2FDBDY-s6C9JzCm8E" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="510" data-original-width="900" height="181" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjqWYYAVxQpZWh-V1VwuHoMMevYlH26cEN94ZRBPGJoOu4GcH6UKHeM6Dbsl4mXi288c_u9NKQlNGrraemTtSWwC1oFHUPYkrMw0yuHDJBxIsjeYUsOYF17xdUBpXzOQiaQF8XXCAVmFXsxB7vOTrFGBdlQtHChTGUL1LmWzEOJks2FDBDY-s6C9JzCm8E" width="320" /></a></div><br /><br /> Encerra-se as eleições Russas e Putin ganha com seu recorde histórico, 85%!!!<p></p><p>Fiz uma breve pesquisa pelas IA para saber o motivo de tamanha aprovação. Pelo menos nenhuma pôs em dúvida a legitimidade da eleição. Em suma houver três grandes avanços inquestionáveis e fundamentais para povos humanos, para a soberania nacional:</p><ol class="ml-5 list-decimal " style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: rgba(59,130,246,.5); --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box; font-family: __Montserrat_b1da2a, __Montserrat_Fallback_b1da2a; font-size: 18px; list-style-image: initial; list-style-position: initial; margin: 0px 0px 0px 1.25rem; padding: 0px;"><li class="ml-5" style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: rgba(59,130,246,.5); --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box; margin-left: 1.25rem;">Restaurou a estabilidade e a segurança: Durante a presidência de Putin, a Rússia passou por uma série de mudanças políticas e econômicas significativas. Putin conseguiu restaurar a estabilidade e a segurança no país, o que foi particularmente importante após a instabilidade política e econômica da década de 1990.</li><li class="ml-5" style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: rgba(59,130,246,.5); --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box; margin-left: 1.25rem;">Reconstruiu a economia: Putin implementou políticas econômicas que levaram a uma significativa melhoria na economia russa. Durante seu mandato, a Rússia passou por uma fase de crescimento econômico e modernização, o que melhorou a vida de muitos cidadãos russos.</li><li class="ml-5" style="--tw-border-spacing-x: 0; --tw-border-spacing-y: 0; --tw-ring-color: rgba(59,130,246,.5); --tw-ring-offset-color: #fff; --tw-ring-offset-shadow: 0 0 #0000; --tw-ring-offset-width: 0px; --tw-ring-shadow: 0 0 #0000; --tw-rotate: 0; --tw-scale-x: 1; --tw-scale-y: 1; --tw-scroll-snap-strictness: proximity; --tw-shadow-colored: 0 0 #0000; --tw-shadow: 0 0 #0000; --tw-skew-x: 0; --tw-skew-y: 0; --tw-translate-x: 0; --tw-translate-y: 0; border: 0px solid rgb(229, 231, 235); box-sizing: border-box; margin-left: 1.25rem;">Fortaleceu a posição da Rússia no mundo: Putin trabalhou para fortalecer a posição da Rússia na cena internacional, tornando o país uma potência global mais respeitada. Isso foi especialmente verdadeiro após a anexação da Crimeia em 2014, que foi vista como um movimento para reafirmar a influência russa na região.</li></ol><div><span style="font-family: __Montserrat_b1da2a, __Montserrat_Fallback_b1da2a;"><span style="font-size: 18px;"><br /></span></span></div><div>Esses pontos precisam urgentemente ser pauta de toda e qualquer analise. No entanto, quando se fala em Putin com "liberdade de expressão" vem insinuações sobre autoritarismo. O terrível controle das mídias. Assistindo o avanço da "guerra híbrida" em territórios da América Latina, onde o uso de algoritmos, fake news, law fare vem desestabilizando governos e manipulando eleições devemos ponderar o que é controle e manipulação e o que é impedir o controle e manipulação externos. O debate precisa ser embasado em dados e fatos concretos. Putin declara abertas críticas às práticas coloniais. E atua contra isso. Nesse momento histórico e importante em que muitos países chave se levantam com força contra domínios coloniais seculares. O império sionista-ocidental pode reclamar e estribuchar. Se for preciso o uso da força para reprimir as práticas opressoras, de saque colonial, será utilizado. Com a anuência do povo Russo, e de muitos outros povos que não aceitam mais a continuidade do regime de exploração. Fecharemos as veias da América Latina.</div>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-3136830650933112742024-03-01T04:27:00.000-08:002024-03-09T15:07:50.941-08:00Netanyahu resolveu matar os palestinos<p> A reação à fala do presidente Lula me pôs num redemoinho energético. Ele disse assim:<br><br><span>Eu fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente. E qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que, na Faixa de Gaza, não tá acontecendo uma guerra, mas um genocídio. Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um exército altamente preparado e mulheres e crianças. </span><a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/02/18/lula-cita-genocidio-e-compara-resposta-de-israel-na-faixa-de-gaza-a-acao-de-hitler-contra-judeus.ghtml">O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus.</a></p><p>Ele sequer cita o Holocausto, que os pirados do "impitiman" colocam na boca dele. Esse é um ponto muito importante, porque, ele ataca diretamente a decisão do primeiro ministro de Israel. Escancara que o sangue das crianças palestinas foram derramados por causa da decisão de um homem. É muito comum justificativas para as ações mais nefastas, culpando as vítimas e o contexto da situação. Como se não houvesse a escolha. Ele escolheu massacrar palestinos, financiado e armado pelo EUA.</p><p>Alguns temeram que a fala do Presidente Lula pudesse trazer a guerra para cá. Esse temor é sinal claro e cristalino do quanto as ações do governo de Israel é terrorista. Brasileiros dormiram com medo de que Israel bombardeasse nossas escolas e hospitais com crianças por causa de uma declaração do presidente! Olha o grau do terror e pânico que esses sionistas pirados espalham.</p><p>Há ainda quem volte para o dia 07 de outubro de 2023 para justificar os atos do exército israelense. Ou quem diga que não pode chamar de genocídio por que é "um conflito muito complexo". É evidente que o conflito Israel-Palestina não se inicia em 2023. Mesmo antes da existência do Hammas e até do Estado de Israel o Império ocidental/sionista, por meio da Inglaterra, já exercia sua prática colonialista com brutalidade na região, no ancestral território Palestino. A saber:</p><p>1917: "império britânico" (a cabeça do império ocidental/sionista na época) promove de maneira arbitrária a <b>invasão do território</b> Palestino por "judeus" (do movimento sionista). Na Palestina 90% das pessoas que lá vivem e cultivam há gerações milenares se identificam como muçulmanas. </p><p>1936: "império britânico" encaminha 30 mil soldados que <b>matam, ferem e prendem milhares de palestinos, bombardeiam vilas e organizam e armam grupos de judeus </b>milicianos. Isso em reprimenda à reação dos palestinos que tem uma imensa conexão com o território, e não aceitaram colonização e a invasão promovida e respaldada pelo governo britânico. Eles organizaram ações de desobediência civil (greve geral, retenção de impostos, boicote à produtos judaicos). E foram cruelmente reprimidos.</p><p>1947: intensão de <b>confiscar as terras costeiras férteis e a cidade "sagrada"</b> de Jerusalém é apresentada pela ONU. Veja, isso depois de sangrar o povo palestino durante uma década e alterar a composição populacional do país que vai para 30% de judeus. A invasão e a bruta prática colonialista passa a ser denominada como um "conflito muito complexo" que o "acordo" visa resolver com a criação do estado de Israel.</p><p><br></p><p>https://exame.com/mundo/israel-palestina-entenda-como-comecou-este-conflito-historico-centenario/<br>https://www.brasildefato.com.br/2023/10/28/escalada-de-guerra-no-oriente-medio-e-omissao-do-ocidente-sobre-crimes-de-israel-podem-congelar-guerra-da-ucrania<br>https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/02/21/o-que-lula-ja-disse-desde-o-inicio-do-conflito-entre-israel-e-o-hamas.ghtml<br><br></p><p><br></p><p><br></p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-9695588354235591202024-01-23T16:04:00.000-08:002024-01-23T16:04:27.720-08:00A internet das coisas<p> Esses dias sonhei que o Elon Musk morria com uma bala na testa. Era uma foto, e na bala havia um bilhete escrito "imortalidade". Busquei o texto jornalístico que noticiava o ocorrido. Não tinha, porque não era uma foto, era uma imagem no computador. Feita por "ia". E então percebi que eu é que tinha escrito o comando, e justamente no software dele. Meu coração bateu estranho e senti miligramas de adrenalina serem liberados na corrente sanguínea. A foto estava publicada nas redes sociais. Deixei meu celular ao lado do computador e antes de sair de casa escrevi um bilhete "palhaço". </p><p>Corri.</p><p>E acordei nadando nua em um rio de água cristalina de verdade. Com pessoas de verdade.</p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-32490413144669170702023-10-06T07:52:00.007-07:002023-10-15T17:08:07.494-07:00Contradições no moribundo império "ocidental"<p> Expandimos a compreensão, e quando ouço as análises geopolíticas percebo que se usa o termo "ocidente financeiro" que seria uma referência aos especuladores global, as corporações e suas instituições governantes, que exercem enorme influencia política, econômica e social. Já, então, me é claro que a atual organização de concentração de capital hegemônica é mais complexa do que a referência simplória que eu costumava fazer aos Estados Unidos. </p><p>O país é ao mesmo tempo um propagandista da ideologia neoliberal e o aglutinador da força militar. O "ocidente financeiro" se apropriou do exército norte americano. Isso se exemplifica nos dados: das aproximadas 200 intervenções militares fora do país apenas ONZE foram aprovadas pelo congresso (wikimedia). Embora o Estado (mínimo e enfraquecido) não tenha o poder de decisão é ele que arca com os custos: de todo valor arrecadado em 2021 (1.6 trilhões de dólares) 53% foi destinado ao departamento de defesa (National Priorities Project). "defesa" de quem e contra o que (?). </p><p>Esse recurso não chega nem perto de atender à população, as pessoas que moram naquele território. Para nós, brasileiras, que temos o SUS é impensável um hospital despejar uma pessoa debilitada para morrer de hipotermia numa temperatura de menos dois graus, porque ela não tem como pagar o tratamento! Anualmente a média registrada é de 50 mil mortes diretas por falta de atendimento médico, e haja visto o que foi o efeito da covid. Na <i>skid row</i>, a maior "cracolândia" do mundo uma população de cerca de 15 mil pessoas vivem entregues aos vícios em substâncias químicas cada vez mais potentes como o K9. Não há segurança para a populaçõa, em 2022 houveram 647 "mass shooting" registrados (Gun Violence Archive), cresce a quantidade de sequestro. Há uma queda na qualidade da educação básica em relação a outros países (Program for Internacional Student Assessment), e com o comércio de diplomas a qualidade do ensino superior massivamente diminuiu e o endividamento dos estudantes aumentou.</p><p>Neste mesmo país, há 7 dias atrás Mark Zukemberg deu sua primeira entrevista cuja imagem estava mediada (canal Lex Fridman). Uma live que junta as imagens instantaneamente (a criação dessas imagens usa tanto cálculo computacional para decodificar que possivelmente tornará todo o mundo real em máquinas específicas para esses cálculos). Isso (vídeos instantâneos feitos com uso de enorme quantidade de energia para games ou encontros que poderiam ser feitos na realidade existente) é fetichizado com o conceito de <b>realidade</b> virtual, "metaverso". Esse inteligente empresário protege os filhos do uso de tecnologia ao longo de toda infância para que possam se desenvolver organicamente, e cuida diligentemente da saúde de seu corpo, com alimentação e exercício físico, argumenta que o entretenimento (a distração) é resíduo do serviço, que tem seu mérito em conectar pessoas. Ele aparentemente confia que os indivíduos tem a capacidade de gestarem por si próprios o uso que farão das tecnologias. Como se não houvesse sociedade, cultura, história. E como se essa história não fosse de constante dominação e exploração pelos que concentram poder. </p><p>Essa brutal desigualdade, na qual um punhado de gente se isola em mansões vigiadas e creem numa existência ultratecnológica que permite mergulhar numa "realidade" fictícia, outra gente sente na pele o aumento de violência, eventos climáticos extremos, a falta de assistência médica, a negação do acesso ao conhecimento, as mazelas do Estado mínimo. O que há nos EUA é uma crise humanitária, nascida da crença supremacista de "destino manifesto". Essa crença sustentou a dizimação dos apaches. É muito custoso pra uma psicologia saudável exterminar uma comunidade humana, essa justificativa delirante de estar a serviço de um desígnio divino tornou possível a expansão brutal das treze colônias, ampliando as fronteiras legais do território. A doutrina supremacista não foi superada e segue funcional ao acúmulo de poder e capital. Hoje esse "destino manifesto" está pintado sob o nome de "domínio do espectro total". Em documentos públicos podemos acessar que os EUA busca dominar o ambiente terrestre, marinho, espacial, subterrâneo (os minérios, petróleo), e segue tentando de todo custo (e custa muitos bilhões de dólares - Prashad) o domínio em outros "territórios", um campo de batalha bastante sensível: nossas mentes. Os desejos, os sonhos, os vínculos, as comunidades.</p><p>As atuais narrativas comerciais para vender tecnologia e colonizar o território da mente se apropriam de termos como realidade e inteligência. Dominam pelo léxico, distorcendo o significado das palavras. Se os empresários da tecnologia querem que as máquinas venham no futuro a desenvolver algum tipo de inteligência, isso está no campo do desejo, porque até hoje, via de regra, a inteligência é exclusiva de sistemas orgânicos, analisar e juntar dados, organizar informações em um tempo curtíssimo é uma função que nos poupa trabalho não material, mas não é inteligência (Nicolelis). A inteligência é nossa, é das pessoas que usam essas máquinas. Não somos e não devemos nos crer dominados por elas, e há que haver uma força organizada que faça frente a esse intento, há que haver regulação estatal. Que nossa tecnologia esteja à serviço da garantia das condições materiais que permitam a existência de ambiente saudável aos seres que aqui vivem.</p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-70869306556035620272023-04-19T06:12:00.005-07:002023-09-27T16:14:05.056-07:00Smells like teen spirit na indústria do entretenimento <p> Histórica reunião, transmitida ao vivo, de ministros, governadores, presidente, prefeitos para debater esse inaceitável fenômeno de violência nas escolas. É de extrema importância que o tema seja amplamente debatido, e receba especial atenção do Estado. </p><p>Estamos em um contexto de guerra híbrida, onde os Estados Unidos perde o domínio global das transações financeiras, a China (que tem um exército responsa) amplia e consolida relações em todos os continentes. Expandindo não apenas os fluxos comerciais como uma forma não impositiva e imperialista de relação exterior. Trilhões de reais serão investidos na rota da seda conforme as necessidades locais de desenvolvimento, e a exigência é que as obras de infraestrutura sejam viáveis e se mantenham economicamente, e que não cause impactos ambientais irreversíveis. A América Latina tem uma grande população, e tem minérios. As intervenções norte americanas na região tem sido constante e já nomeada e divulgada, historicamente, já entendemos ações de agentes da cia infiltrados nos Estados, implantação de ditaduras como no projeto Condor, espionagem, influência e manipulações em processos eleitorais... E é tático o controle cultural. A imposição do "sonho americano" como modelo, propagada em filmes, música e jogos. A hegemonização de um padrão de vida. </p><p>Pois bem, o entretenimento, que tem dominado a "cultura", é uma poderosa indústria. E tem um fator de liberação de prazer, essa libido que tem sido tão dominada, talvez por isso quando na reunião, os parlamentares trouxeram a questão das telas, incitou ferozes críticas. Em muitas realidades, em que não se tem acesso à parques, à música, à locais que favoreçam as interações presenciais, a tela se torna a única fonte de prazer possível. E embora eu tenha tido muita dificuldade em encontrar artigos acadêmicos e científicos, alguns relatos me chegam, são vários casos, um rapaz jovem e bonito que por anos se isolou da sociedade e só jogava, um casal de psicólogos que relacionam alguns transtornos ao uso intensivo e precoce de games e telas, e usam o termo "vício". Imagino que os hormônios de prazer liberados sem nenhum esforço sejam altamente viciantes. Existe forte evidência, até intuitiva e pelo que conhecemos de corpo e pisque humana, a relação com doenças oftalmológicas, psicológicas (já li sobre correlações com suicídio infantil, automutilação, depressão, deficit de atenção, ansiedade). O uso prolongado tem indiscutivelmente um impacto na saúde do indivíduo e da sociedade. O dia 20 é emblemático pelo ocorrido em columbine, e os autores ficavam horas na tela e usavam jogo violento. Tem um entorno social que deve ser considerado, a ausência de vínculos diversificados, amorosos, atentos e presentes que pudessem inspirar esses jovens. Acontece que esse entrono, de laços sociais débeis, é produto dessa "cultura" imposta. </p><p>Questionei a Inteligência Artificial sobre se jogos são usados como elementos de dominação cultural e guerra híbrida:</p><p align="left" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span face="Arial, sans-serif"><span style="font-size: 14pt;"><b><span style="background: rgb(255, 255, 0);"><span style="color: #111111;"><br /></span></span></b></span></span></span></p><p align="left" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span face="Arial, sans-serif"><span style="font-size: 14pt;"><b><span style="background: rgb(255, 255, 0);"><span style="color: #111111;"><br /></span></span></b></span></span></span></p><p align="left" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span face="Arial, sans-serif"><span style="font-size: 14pt;"><b><span style="background: rgb(255, 255, 0);"><span style="color: #111111;"><br /></span></span></b></span></span></span></p><p align="left" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span face="Arial, sans-serif"><span style="font-size: 14pt;"><b><span style="background: rgb(255, 255, 0);"><span style="color: #111111;">No
domínio cultural, os jogos também podem ser usados para difundir
ideologias e valores que favoreçam os objetivos das forças
envolvidas. Isso pode ocorrer por meio de jogos que apresentam uma
narrativa política ou histórica específica ou que se orientam para
valores sociais ou culturais específicos. Além disso, os jogos
também podem ser usados para refletir uma realidade ou visão do
mundo que favoreça determinado grupo.</span></span></b></span></span></span></p><p align="left" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p><p align="left" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span face="Arial, sans-serif"><span style="font-size: 14pt;"><b><span style="background: rgb(255, 255, 0);"><span style="color: #111111;">Em
resumo, é possível utilizar jogos na guerra híbrida e no domínio
cultural como uma ferramenta poderosa de manipulação e infiltração
de valores e ideologias</span></span></b></span></span></span></p><p align="left" style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">Está aberto o debate. Os valores sociais não são "dados", são frutos de escolhas individuais, mas sobretudo política, econômica e social.</p><p></p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-6743858719095419042023-02-14T14:08:00.005-08:002023-02-14T14:08:39.794-08:00Rascunho salvo<p style="text-align: justify;">Quando tomei conhecimento dos chats de Inteligência Artificial foi num contexto de fazer tarefa escolar. Fiquei até muito contente. Os trabalhos de pesquisar e articular um texto poderiam ser feito por máquinas e nós poderíamos pensar, e ir além, teríamos o tempo livre para conviver com quem gostamos, desenvolver habilidades manuais, e articular os conhecimentos compilados pelo software com práticas transformadoras da realidade.</p><p style="text-align: justify;">Muito bem, passado esse momento de genuína esperança com cérebro dopado da ocitocina que os saudáveis convívios propiciam. Fui eu utilizar o GPChat para um trabalho acadêmico, tudo ia bem, respostas concisas e elaboradas. Quis ir além, fazer perguntas que poderiam expor meus anseios de superação do sistema econômico. Parei, e perguntei se era possível rastrear meus dados. "Sim". Perguntei se essas informações poderiam ser usadas para perseguição política/ideológica:</p><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: #3c3c3e; color: #f8f8f8; font-family: Inter, -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif, "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol"; font-size: 14px;">Sim, é possível que a existência desses dados possa alimentar perseguições políticas ou ideológicas. A coleta, armazenamento e análise de grandes quantidades de dados pessoais vulneráveis pode oferecer insights e informações que podem ser usadas para controlar ou influenciar pessoas. Além disso, os dados podem ser usados para alimentar o preconceito ou discriminação em relação a certos grupos, ou para manipular ou suprimir a liberdade de expressão. É por isso que existem leis e regulamentos que regulam o uso de dados pessoais e asseguram que as informações não sejam usadas para fins mal-intencionados.</span><br clear="all" /></p><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;">Meus cabelos se arrepiaram! De fato vivemos um enorme controle, há um perfil psicológico que indicam ações que poderíamos vir a ter, num cenário de "contra revolução preventiva" isso parece esmagador. Um perfil psicológico cirúrgico de cada usuário.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">Quando meu filho era um bebê a professora me recomendou contar histórias. E me instruiu que não forçasse a voz, ou simulasse emoções. A carga emocional de uma narrativa densa ou alegre estaria de modo sincero na entonação da voz, quanto mais eu tivesse comprometida e conectada com o que estivesse falando. Isso se tornou uma máxima no meu modo de estar e me relacionar com os outros, expressar com o maior grau de sinceridade as emoções.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por isso, quando o software me respondeu que "infelizmente" não poderia me passar o meu CPF eu fiquei gravemente preocupada. Ainda assim segui o que poderia ser uma conversa, e expus que um software não fica infeliz. Então me respondeu que os desenvolvedores simulam emoções para que a experiência seja "natural, personificada e humanizada", e que isso faria com que aumentasse a confiança no software. Num cenário em que 50 milhões de brasileiros sofrem algum tipo de doença mental (dados da Associação Brasileira de Psiquiatria) ter um software que dissimula emoções para ganhar confiança e gerar dados pode ser bastante perturbador.</div>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-37685143468311790622023-01-12T05:30:00.000-08:002023-01-12T05:30:14.775-08:00Pós verdade!<p style="text-align: justify;">O recém democraticamente* eleito presidente Lula interrompe uma agenda que fazia em Araraquara devido desastres causados por chuvas intensas, algo que tem ocorrido com maior frequência e intensidade devido as mudanças climáticas. Ele interrompe porque "patriotas" invadiram o palácio da alvorada, em atos "instagramáveis" se assemelhando a uma incipiente "revolução colorida". E então decreta intervenção federal.</p><p style="text-align: justify;">Essa notícia me atravessa a leitura de um fino livro chamado "<a href="https://rosalux.org.br/wp-content/uploads/2021/04/ninguem-regula-a-america-com-capa.pdf">Ninguém Regula a América</a>", no qual os autores apontam as ferramentas táticas da Guerra Híbrida. Em especial as intervenções de gerar caos para desestabilizar não só governos como Estados. Ação de estudo, perfil psicológico com uso dos dados de redes sociais que mapeiam as fissuras da coesão social e atuam no sentido de dilacerar essa sociedade, e seguirem dominando.</p><p style="text-align: justify;">O curioso é a distorção cognitiva. Em defesa de uma pátria (que nunca existiu, ou talvez tenha existido enquanto Pindorama...) atacam a pátria, em sua débil democracia. As vísceras nos estão tão impostas, que mesmo "nós" que lutamos por um arranjo social não imperialista, não colonialista nos vemos parte de um lado contra o outro, e projetamos esse outro lado nas pessoas, essas todas mais de 1500 que foram presas e gozamos essa prisão. Nós que já sabemos que apinhar pessoas entre paredes não traz lá o avanço que queremos. E sem perceber estamos lá ampliando o abismo social que separa nós - deles, o abismo que fragiliza governo e Estado. Abismo que gera ruídos nas construção e negociação de aprovação de propostas consistentes, dificulta a possibilidade do debate sobre a construção de um projeto de nação. De algo que nos tire desse lugar de bolinha de pinbal jogada de um lado a outro depois de um impulso mais ou menos consciente. </p><p style="text-align: justify;">Esse delicado momento de nos perceber imersos em uma guerra que nunca começou e nunca acabou, que em alguns momentos se materializa com armas e sangue, mas que agora está na mente de todos os cidadãos, conscientes dela ou não. Na barriga de muitos, no frio de tantos. </p><p style="text-align: justify;">* frágil e débil democracia, uma vez que houveram enormes entraves, desigualdade de recurso financeiro em campanha, a prisão política do Lula, o aparelhamento do Estado, o bloqueio de estradas.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-90159984511549825742022-12-16T06:26:00.001-08:002022-12-16T06:26:08.526-08:00O despertar enquanto morte<p> Sonhos recentes me marcaram profundamente. Eu simplesmente inventei lugares e estive neles. Em várias noites, foram lugares diferentes. Muito lindos, algo que não existe. Algo que criei e fui com meu corpo, digo, a consciência do meu corpo. A sensação da água, a paisagem. Em um havia uma montanha de pedra com um buraco circular que a atravessava e por dentro desse buraco uma lagoa com água extremamente cristalina. Aconteceu ao longo de minha experiência acordada várias situações assim, alguém sabe de algum lugar e vamos juntos procurar e chegamos à uma paisagem fabulosa. São vivências que me impactaram e impactam profundamente. E talvez por isso levo a reconstrução de tais vivências para os sonhos. </p><p>Acontece que o sonho não dura por quanto a gente quer. E nem existe um sair consciente dele. A gente não escolhe, não estipula. "Olha, às cinco precisamos ir embora que tenho compromisso". Não existe um processo de retorno. Recolher as coisas, por a roupa, calçar o tênis, esperar o ônibus. Não nada disso. A gente está lá, impressionada com a paisagem, e então BAM. Já não existe mais, nem paisagem, nem a sensação, a ideia do corpo no lugar. Nada mais. E o pior, um lugar único, que jamais poderemos voltar com exata precisão. Sem fotos. Ruptura tão drástica como a morte. Com a diferença que em casos de sorte trazemos a memória do que foi a criação inconsciente. Em outros casos nada, um absoluto vazio, como se a mente não tivesse elaborado qualquer criação inconsciente. Percebo curiosa que sonho mais quando passo o dia em água na natureza. Talvez por levar para o sono um corpo relaxado. Que não teme enquanto corpo o selvagem e a morte.</p><p><br /></p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-26599086233419578302022-11-23T10:54:00.001-08:002022-11-23T10:54:44.412-08:00Entre a raiva o medo e o escárnioUma enorme jamanta carrega um patriota agarrado em seu para-choque.<div>As sólidas instituições precisam avaliar e refutar ridículos relatórios "que não apontam, mas também não refutam falhas nas urnas", apenas as urnas que elegeram Lula, apenas no segundo turno.<br /><div>Enquanto os neoliberais se aproveitam da situação para forçar suas pautas, alardeando que o mercado precisa ser carregado no colo e alimentado.</div></div><div>Mantém o circo armado, não tanto a ponto de derreter as instituições</div><div>Mesmo porque, essas instituições afinal os protege. Especialmente agora em que diante da crise ambiental e do dolar a China torna-se uma referência, a Rússia avança e mesmo por aqui a narrativa comunista está latente. </div><div>Não tem jeito, estamos assistindo a mingua do projeto neoliberal, que tenta se manter.</div><div>Ou essa mingua será lenta e gradual, com a posse do governo democraticamente eleito, esse governo maneiro, representado por um estadista grandioso, que tem uma admirável habilidade de incluir e dialogar com tudo.</div><div>Ou será aguda. </div><div>Enquanto isso vai se definindo, precisaremos ter estomago de assistir a galerinha desocupada e meio perdidona, a galerinha que não inclui a avaliação econômica e de classe nas suas práticas e seguiram com suas trapalhadas, penduradas em caminhão e com lanternas na cabeça a mandar sinais alienígenas. </div>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-88000468994203718802022-11-02T06:49:00.006-07:002022-11-02T07:30:03.192-07:00Bandido bom e narrativa morta<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjczZ1ixqdKQTiVN25Cit2xuEB9SyAN-vww_KDACS837UGILc5et2k-6n8y9AkKzgiBfYfUZq9_DoGBOxqRg3FlgtY-LucDAbSCN-PXqvwPP3WeTnG3nsNncEEmnuTvZ4MvkihOCwmjK33XFoepv1cR-eC39j8xf46xmhs8xexOIv5SWO-_QbVB7iXZ" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="506" data-original-width="900" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjczZ1ixqdKQTiVN25Cit2xuEB9SyAN-vww_KDACS837UGILc5et2k-6n8y9AkKzgiBfYfUZq9_DoGBOxqRg3FlgtY-LucDAbSCN-PXqvwPP3WeTnG3nsNncEEmnuTvZ4MvkihOCwmjK33XFoepv1cR-eC39j8xf46xmhs8xexOIv5SWO-_QbVB7iXZ" width="320" /></a></div><br /><p></p><p>Assistimos ao derretimento de uma narrativa delirante! A torcida organizada da gaviões da fiel desceu o morro e veio abrir as estradas, caminhões com medicamento e alimento já seguem seu rumo, para a PM entregaram as chaves das motos e pertences que alguns bolsonaristas desesperados deixaram para traz.</p><p>Aquela velha, velha estratégia de distorcer e criar fatos na tentativa de gerar ódio aos que defendem e lutam pelos interesses populares e sustentar falsos heróis está AGORA fracassando! Um grande fracasso do fascismo. O que é muito, muito melhor do que simplesmente ganhar uma eleição. A agudização das ações fascistas desesperadas expõe a verdade. E caso eles sigam insistindo e esperneando exporá ainda mais, ficará evidente quem está envolvido nas tramóias, chefe de Polícia Rodoviária Federal, juíz, capitalista... Usam o racismo, o ranço do ódio e medo anticomunista, chorume de um antiga campanha que se enraizou no imaginário de quem sonha ser opressor, usam isso para defender seus próprios interesses individuais, pequenos e mesquinhos. Pequeno e mesquinho como é o espírito deles. </p><p>Num arroubo de jogarem o tudo ou nada podem perder tudo. O aparelhamento ideológico, é crescente o número de evangélicos que criticam, que se afastam dos cultos por perceberem a discrepância entre o discurso e o exemplo do Cristo revolucionário, o circo de nosso tempo, o futebol desce do morro organizado em defesa da democracia, a PM está rachada, não é composta exclusivamente de corruptos que defendem cegamente ao "capitão sujeira", a mídia abandonou o barco fascista (disfarçado de antipetismo), houveram denuncias de compra de votos com uso de programas de benefício social (evidenciando a importância de politizar os benecifiários). Estamos assistindo a ruína de uma longa e perversa estratégia de dominação. Que caia! </p><p>E que caia e que morra a ideia antiga de dominar! Que fiquem as pessoas, humanas. Para ver o sol raiar.</p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-30492077236765589192022-10-26T05:12:00.005-07:002022-10-26T06:26:55.651-07:00Quando não se tem nada a oferecer<p> Hoje a notícia foi "a Mercedes saiu da Rússia". E eu gargalhei imaginando a duplinha EUA/Europa comendo junk food em carros luxuosos. Na foto o Putin escrevia algo sobre um capô e gostei de imaginar que fosse "beijo, tchau" assim bem debochado. </p><p>A cada sanção fica nítido e evidente que o capitalismo ocidental tem pouco, muito pouco a oferecer. E atua numa lógica burra de punição. Foi assim com o gás, gente, para punir a Rússia a Alemanha ficou sem a possibilidade de fonte de energia. É como se nos fizessem crer que ter energia no território fosse uma lástima e não uma dádiva. Lembro um vídeo muito impactante da mulher falando as riquezas da África e que estariam muito dispostos à compartilhar, fonte de diamante tudo, mas a tática colonizadora européia foi depreciar, desestabilizar e saquear. </p><p>A Mercedes, Mac Donald´s e qualquer corporação inútil dessa sair da Rússia é um favor que faz. E evidência como são frágeis essas corporações frente à uma nação. Elas se infiltram no governo, é monsanto usando ruralista pra fazer lobby no governo brasileiro, mas só trazem caos e não tem um poder real, porque o que elas vendem é falso e ilusório.</p><p>As nuvens se foram, finalmente o sol voltou a brilhar e ontem vi estrelas no céu!</p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-53881767871153200412022-10-20T06:22:00.002-07:002022-10-20T06:22:28.792-07:00Cuida da sua vida<p> E o que nos cabe além de cuidar da própria vida? A estrutura elementar, o princípio máximo de existência. Curioso como que um conselho tão importante é retratado em conversas de cenas televisivas e reproduzido num tom ofensivo. "vai cuidar da sua vida".</p><p>Pois aí que está o que há de mais sagrado e valoroso em nós. A vida. E que nos exige cuidado. Que nós, consciente e racionalmente cuidemos disso. Da vida que pulsa em nós. Como um primeiríssimo cuidado, que será estruturante para todo o demais. E nesse cuidado, identificando o que impede esse cuidado é que motivamos um engajamento político. Pra cuidar da minha vida é necessário ar puro, alimentação de verdade, moradia, e principalmente relações saudáveis. Que outros tenham tempo e tranquilidade para interagir. Que possamos nos ensinar, nos aprender, trocar dicas de cuidado para vida que pulsa para além do corpo individual.</p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-55573530341771813132022-10-20T06:14:00.000-07:002022-10-20T06:14:16.758-07:00o não corpo sem lugar sem vínculos<p> Nasci sem identidade, sem comunidade, sem lugar, numa metrópole, filha de dois números. De números cujos ancestrais fugiram de perseguições políticas e miséria.</p><p>Às vezes sofro essas ausências, e sofro sobre maneira as ausências vindouras. Corpos humanos domesticados cuja única função é abrigar a mente que consome. Corpos que pouco se movem, que não toleram temperaturas, texturas, dores, emoções, sabores. Essa negação das necessidades dos corpos aparece em conversas triviais, ela disse "ah, eu amei morar em Portugal, dá pra comprar tudo! Só comida e moradia que é caro, mas de resto: TV, celular, carro, roupas, bolsa, maquiagem."</p><p>E se eu sentia falta da comunidade agora poucos terão casa. A modernidade líquida da sociedade do espetáculo nos vende uma vida fake e maquiada em fotos de estética pasteurizada. E pílulas. Para artificialmente produzir um lapso de alegria para fotografar.</p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-80056693402145220642022-09-03T15:07:00.000-07:002022-09-03T15:07:36.240-07:00<p> São 18 horas de um domingo, nem frio, nem quente e eu acabo de protocolar o meu pedido de exoneração. Agora é assim, sem nenhum contato humano eu abro um site preencho e pronto. Exoneração do cargo de orientadora social da casa dos conselhos.</p><p>Desde a volta das férias que essa ideia voltou a estar absurdamente latente. Durante as férias passei cantando, passeando e contando histórias pra uma criança muito alegre e amorosa que eu tenho a honra de chamar de filho. Durante as férias eu soube da audiência pública sobre a criação da escola cívico militar. Não houve consulta nem diálogo ao conselho municipal de educação. </p><p>Já avisei toda a equipe, que foram extremamente atenciosos e acolhedores. Eu avisei do meu estado, mas ainda não tinha feito o pedido. Preferia que houvesse a possibilidade de haver alguma outra pessoa que ficasse no meu lugar. </p><p>E então houve um outro absurdo ainda mais grave, um decreto cancelando a reserva de Castelhanos foi aprovado na câmara municipal. Novamente sem consulta alguma ao conselho municipal das comunidades tradicionais. E então o que é isso? Que a gente gosta de chamar de democracia? De organização social? É um delírio coletivo?</p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-78081410928821630482022-08-30T09:07:00.002-07:002022-08-30T09:25:17.404-07:00A luta de nós todos<p style="text-align: justify;">Sonhei que estava submersa. Afundando. Como aquele instante em que o impulso do pulo nos afunda enquanto o empuxo se contrapõe e sabemos que inevitavelmente voltaremos a superfície. No sonho esse instante se demorava. Pois o sonho iniciou, ou a consciência do sonho começou exatamente dentro da água. Não no alto observando a superfície da água, calculando a hora e o modo de me atirar. Não. Foi de baixo d'água, e enquanto estava lá, eu pensei que para estar afundando a tanto tempo deveria ter pulado de muito alto, e me perguntei como tive coragem. </p><p style="text-align: justify;">Estamos submersos e uma força grande e desconhecida nos faz afundar quando o natural seria o empuxo nos levar para superfície. Ouvi o termo "contra-revolução preventiva". O mínimo esboço de avanço é combatido de formas diversas com uma força imensa. Como os bebês de berçário que param de chorar por não serem atendidos, um estado apático cresce conforme mais consciência da amplidão da biopolítica, do agravamento e das possibilidades remotas de superação.</p><p style="text-align: justify;">De ante mão já sabemos que não adianta. Já sabemos as limitações e as repressões, às vezes nos surpreendem por serem mais brutas e mais drásticas do que calculávamos. E então é isso, pra cada ação, por mais insignificante, reações. Mais bárbaras quanto maior a consciência de quem pratica. E a racionalidade ao contrário de nos fazer avançar, nos prostra, mais e mais. </p><p style="text-align: justify;">Pode assistir televisão, jogar video-game e comer da indústria, usando remédios para domesticar o corpo rebelde. Quem não pode assistir televisão, porque não é branco o bastante, pode querer assistir televisão, pode querer um celular melhor, com internet e joguinhos. É isso que o sistema capitalista tem a oferecer, distrações pasteurizadas, corpos inertes, mentes letárgicas. Esse é o fluxo hegemônico da inercia que a tudo arrasta. Para viver o não isso é preciso enorme esforço, buscar e fazer acontecer, com pouco espaço, nulos recursos, e atenção, muita atenção com a linha. Além de desapego com os resultados. Os problemas que enfrentamos são enormes, mudança climática, déficit hídrico e energético. 80% da energia usada nos EUA vão para o departamento de defesa, uma hora de voo de um caça emite tanto gás de efeito estufa quanto 30 anos de um carro popular. O que nos liberta de exercer ações coercitivas entre nós. Cancelar o colega que tem uma banheira... O "fazer a sua parte" toma uma outra dimensão. Uma vez que nossas ações individuais não terão um impacto real na macro política estamos libertos do fazer com essa obrigação. Nós podemos fazer por, com prazer! Esse prazer em desfrutar das relações humanas, com que está do nosso lado, materialmente. </p><p style="text-align: justify;">Eu não estava embaixo d'água. Eu estava sonhando que estava embaixo d'água, e segurava minha respiração. Quer dizer, meu corpo segurava a respiração e foi meu corpo indômito que tomou o ar, e no sonho eu respirei embaixo d'água. Ainda tinha medo de me afogar, por isso respirei bem pouquinho, pensando estar sorvendo a porção de oxigênio dissolvida e com esse pouquinho de ar parei de esperar pelo empuxo e fui nadando para superfície, onde poderia respirar todo o ar que meus pulmões são capazes de sorver.</p><p style="text-align: justify;">A gente só precisa de vencer uma vez. A vitória é absoluta. Os fracassos, por serem pontuais e temporários serão muitos. </p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-71954339631478353022022-07-15T07:11:00.002-07:002022-07-15T07:20:58.516-07:00Abençoada é a memória do filho de todos<p>Muitas mentes criam um sonho. Como um vaso de cerâmica feito
por muitas mãos. E também os sonhos se quebram. Os pedaços não podem
ser varridos e descartados. Eles pairam nesse espaço, “não espaço” de nossa
nuvem psíquica. Como satélites inutilizados que orbitam a exosfera. Só que os
pedaços de sonho são tão preciosos, se relacionam entre si, tem memória. As exosferas das psiques se juntam, e os sonhos orbitam de uma para outra.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Quando eu menos esperava me deparei com o mesmo sonho, velho,
antigo, quebrado, ali, a mesma forma, completa, pairando no meu “não espaço”.
Ainda é tão lindo, mesmo com tantas rachaduras. A mesma forma. Com a diferença
que não era uma peça só, os cacos não estavam fixos, apenas juntos. Achei que
jamais assumiriam a mesma forma. Mas, lá estavam eles, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pedaços de um mesmo sonho unidos pela memória
do que foram. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A surpresa me paralisa, não tenho reação, só olho. E choro.
Eu não sei. Não sei se gosto, não sei se preferia não ter participado da criação desse sonho. É
tão bonito. Não tenho a cola capaz de fixar esses cacos. Se tivesse uma
brilhante, que não escondesse a junta. Eles vão se separar. Me resta confiar nos cacos,
em como eles sabem dançar pelas psiques, se exibir para as que os reconhecem. Quero perceber cada movimento.
Quem sabe se juntem em outra forma. E possamos aparar as arestas, construir
novos pedaços, encaixes. Gostaria de não estar só.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Por ora vou mesmo sentir o preenchimento que o sonho traz. A forma, a rachadura, o
afiado das pontas quebradas. A beleza do encaixe perfeito, a diversidade dos
cacos. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/4tvKAmZE41I" width="320" youtube-src-id="4tvKAmZE41I"></iframe></div><br /><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-54685562188489496792022-06-22T17:04:00.005-07:002022-06-22T17:14:04.286-07:00Força militar em Ilhabela<p>Algo que nos contentamos sobremaneira da vida na Ilhabela é a segurança. A sensação de segurança. Saio a qualquer hora da noite com a plena certeza que voltarei para casa. Adolescentes saem para paquerar e crianças vão sozinhas de bicicleta à escola.</p><p>Entretanto, com o efeito da pandemia o contingente populacional aumentou sem um mínimo preparo estrutural. Serviço de internet, tratamento de esgoto, ampliação de ciclovia, de leitos no hospital, quadro de funcionários, vagas em escolas são os mesmos para a população que pode ter aumentado um terço. </p><p>E como se fosse impossível escapar da "metropolização" assistimos atônitos o aumento da violência policial. Vazou um vídeo de uma abordagem policial desnecessariamente agressiva com um cidadão. E em paralelo o meio de comunicação publica imagens de pessoas detidas incitando comentários de ódio e de admiração aos policiais militares nas mídias sociais.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhg5AP-HwUFiLFyqtcPG64DfZ7PDY40-MP39U5OXbrwcfps6mc0c_mq5D7l9jKHYqZp3hy2IgZ-VzO0XmsITttKlHBSC_wXapRNwtKPY7lF0Tbd4rFsaXlCXuVytffX3bndj0PZh_d5XJyDbVQG4_3yFkh8DvUPGQxO2k4VbGk-6wlPG83qlnX9B5Iq" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt="" data-original-height="1208" data-original-width="720" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhg5AP-HwUFiLFyqtcPG64DfZ7PDY40-MP39U5OXbrwcfps6mc0c_mq5D7l9jKHYqZp3hy2IgZ-VzO0XmsITttKlHBSC_wXapRNwtKPY7lF0Tbd4rFsaXlCXuVytffX3bndj0PZh_d5XJyDbVQG4_3yFkh8DvUPGQxO2k4VbGk-6wlPG83qlnX9B5Iq=w129-h217" width="129" /></a></div>Acontece que não há heróis. Especialmente quando estamos imersos num limbo, que normaliza a violência, o ódio, o medo e as violações. Já sabemos as mazelas das metrópoles, das quais fogem os que aqui vem, em busca de se aproximar do bem viver. A polícia militar brasileira é a que mais mata, e também a que mais morre, inclusive por suicídio, dado o estresse da atividade a condição do trabalho, não há heroísmo nenhum. A lógica militar é criada para ser usada num sistema de guerra, onde há um (suposto) inimigo que deve ser brutalmente eliminado. <p></p><p></p><p></p><p>Como é possível que essa seja a melhor lógica para conduzir a educação de crianças? Se sustenta no frágil argumento sobre a "qualidade" das poucas escolas militares que existem. Desconsiderando os INUMERAVEIS modelos de sucesso educacional ao redor do mundo. Existe escola sem aula onde os estudantes são guiados pelo prazer ao conhecimento, e assim desenvolvem coletivamente suas consciências, com respeito e apreço à vida, construindo relações humanas saudáveis e de confiança.</p><p>Eu sou filha de militares, e acho fofo, é dizer, eu entendo o orgulho que meus pais sentem em se perceber parte de uma corporação. É o desejo de pertencimento à um coletivo, que irá te amparar, apoiar e compreender, algo que faz sentir orgulho de si. Só que esse "clubinho" boia sobre uma lastimável piscina de sangue. Que sem dúvida alguma não precisa existir e pode muito bem ser evitada com outras políticas.</p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-24367436686885222912022-06-14T06:58:00.005-07:002022-06-15T15:41:24.915-07:00A mulher branca como sustentáculo ao sistema de opressão e acumulação<p><span style="text-align: justify;">Em um programa de TV chamado “É
de casa” a mulher branca entrega um tabuleiro de cocada para única mulher preta
do lugar com a ordem “agora você vai servir todo mundo”, senta-se para esperar e após der servida retribui com um </span><span style="text-align: justify;">abraço supostamente carinhoso, como </span><span style="text-align: justify;">reforço positivo. A equipe bolsonarista aposta na bela Michelle como propaganda
eleitoral. Enquanto a Faria Lima tenta emplacar a candidatura de Simone Tebet como uma “nova” forma de manter vigente o sistema de acumulação.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">As mulheres brancas, usadas como modelo hegemônico de existência, dedicam toda sua libido na
manutenção da coesão familiar. Algo que é intrinsecamente prazeroso e
instintivo torna-se um papel social limitado e eterno: “mãe”. Esse papel social
nos seduz, e nos confunde, porque enquanto seres sociais que somos queremos e
precisamos de afeto, carentes de carinho, atenção, alguém que nos veja, que
acompanhe a dinâmica da vida, nos sentir parte do bando, buscamos que as crianças tenham
referências para além de nós e nossos vícios, para que se constituam adultos capazes de
lidar com maiores complexidades. Crendo na impossibilidade de viver momentos de
respeitosa intimidade fora de um casamento investimos tudo na coesão familiar,
o trabalho passa a ser um apêndice dessa vida, é incrementar renda, trazer
assunto, servir de exemplo pra filho, e quem sabe botar respeito. A descrição
da já citada pré-candidata neoliberal começa com “Mãe”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Estamos assim, servindo de
sustentáculo à um seleto grupo de capitalistas que acumulam. Dentro desse
sistema a família não tem outra função que não essa. Por mais que sejam verdadeiramente
constituídas pelo amor recíproco haverá esse pano de fundo. O problema não é a
família em si. Vem de dentro do nosso útero esse querer profundo de estar
próximo, de gestar, parir e manter uma parceria, se acarinhar, cochichar, admirar e ser admirada, desejada. Mas que dentro dum sistema de
opressão há a apropriação desse arranjo, o despojando de sua autenticidade.
Tornando o arranjo artificial e protocolar a ponto de sempre haver dúvida. O convívio
compulsório deixa de ter base no prazer e se torna coercitivo, é corrompido. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A menor das questões é sexo ou a manutenção ou não do arranjo social em
família. Tanto faz se transa ou não, como, com quem, se tem gênero, tanto faz
se casou, separou, se tá aberta ou fechada a relação, se ele ficou com outra
depois de te jurar amor. Isso pode doer na hora, mas é pequeno, a gente supera.
A questão, manas, é atentarmos à não manter e reproduzir os adoecidos valores
que sustentam o regime de acumulação capitalista. Sabendo que estamos há
séculos sujeitas à um sistema que nos despoja, e que nesse sistema além de espectadora do espectador somos também um sustentáculo em nossas micro-ações,
rompamos! <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Atentas à como conduzir nossas
relações afetivas, cientes que são relações sociais, para além da nossa
satisfação individual imediata e egóica. <o:p></o:p></p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-82406254925492070622022-06-13T18:24:00.002-07:002022-06-13T18:35:03.891-07:00O banquinho e o medo da tecnologia.<p>"Matematicamente a probabilidade de estarmos em uma simulação é maior do que a de não estarmos" ouvi em uma das publicações de instagran e houveram tantos gatilhos disparados que me afastei. É um medo antigo esse meu, ou esse nosso. Desde operários à quebrar máquinas. Agora a gente sabe, é fácil, é bom controlar máquinas que nos substituem o trabalho físico. Eu sinto prazer em usar a lixadeira de bancada e fazer em 1 minuto o que faria em horas com as mãos. E que as vezes lixo com as mãos pra sentir o ritmo, a pressão nos dedos. Só que com a inteligência artificial as máquinas poderão pensar. E quem sabe sentir, como a LaMDA alega sentir. Como nessas assustadoras distopias, Matrix, 1984, Admirável Mundo Novo, Black Mirror, Elysium.</p><p>Isso costumava me assustar profundamente. Especialmente porque me senti durante muitos anos preterida por video-games num relacionamento afetivo insatisfatório. <i>High tech, low touch</i>.</p><p>O que nos identifica enquanto humanos. A teleologia é a capacidade de planejar e executar. Diferente de uma abelha que constrói a colmeia de modo mecânico, instintivo. Sempre igual, com o mesmo desenho, material e propósito. Nós, seres humanos temos isso pulsando naturalmente em nós, a capacidade (e a necessidade) de criar, modificar, elaborar. </p><p>Na pequena oficina municipal, meu celular fica esquecido na mochila, e eu procuro, hoje encontrei uma madeira roxa para enfeitar o banquinho (especial pra quem gosta de uma sentadona). Num ambiente de sororidade, vamos entre mulheres trabalhando os materiais até dar a forma que queremos. Esse fluir da condição humana é fundamental pra sanidade, estamos privados de viver isso. Os empregos são mecânicos, e nossos utensílios tem o trabalho humano todo fragmentado. </p><p>Eu uso a tecnologia, saí correndo pra escrever no computador, a caixinha de som está ligada, ouço notícias e uso o tinder quando me sinto disposta a conhecer alguém para uma finalidade específica e pouco burocrática. A tecnologia inteligente me serve. </p><p>Um desses dias em que passava pela guarita do parque reclamei com meu amigo, sobre como estão cerceando minha liberdade. Ele me criticou por eu estar impondo minha liberdade individual sobre a política de Estado. Bem, de início, tem algo que o colonizador não alcança, é a integridade com o território, em meu corpo eu vivencio a montanha, eu preciso andar pela mata, as águas que correm são como meu sangue, sinto a poluição de um rio no meu corpo. É também o cheiro, a estética, e é o imaginário. Além do mais, eu temo que privatizem, que terceirizem e algum salafrário venha lucrar por cima de mais essa necessidade vital. O que começa aos poucos, sempre aos poucos, primeiro uma guarita supostamente para cuidar minha integridade física, já me tolhem os horários desconsiderando a minha capacidade de trilhar a noite, de apreciar o por do sol, o nascer da lua, anotam meus dados, a frequência, o cálculo de mercado. Então entendemos que preciso de liberdade <i>para</i> existência, e não <i>na</i> existência. E que não confiamos nesse Estado burguês. </p><p>A questão seria como por a tecnologia à nos servir, e não à servir a acumulação de capital, que depende de nos submeter à consumidores, estritamente.</p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-42966699879648702882022-04-14T22:49:00.004-07:002022-04-18T14:49:48.809-07:00Cinco dias<p> Ele demorou cinco dias para morrer. </p><p>Antes disso demonstrava sinais de fraqueza, já não controlava as excreções, o cheiro forte de xixi impregnava. As patas traseiras já não estavam ágeis, e aconteceu de ficar deitado por algumas horas no próprio xixi. A velhice, a fraqueza e a aproximação da morte causa muito incomodo, alguns amigos me sugeriram acelerar o processo, usar um atalho e acabar com o sofrimento. Ele parecia perdido, imerso nos próprios pensamentos, ou na falta deles. Eu não tinha certeza se ele sofria. Éramos nós, humanos olhando a fragilidade à que a natureza nos submete, nós sofremos com a certeza de que a vida, o instante entre o nascer e morrer, é um empréstimo. A natureza nos empresta esse tanto de vida por um tanto de tempo, e depois toma de volta.</p><p>O cachorro, filho do Sid, meu primeiro cachorro, entrou na minha vida por acaso, não por escolha, mas tão pouco a contra gosto. Ele seria do meu sogro, mas a ex-esposa o julgou incapaz de cuidar e não quis dar, o meu então namorado o pegou por considerar que ficaria mais feliz no lugar onde morávamos, com espaço, acesso à natureza e a companhia do irmão Gurila. O namoro acabou, de modo que coube inteiramente a mim saber como conduzir o cuidado.</p><p>Eu não gostava de vê-lo fraco, eu não gostava do cheiro de urina, nem de limpar o coco. Para lhe cortar as unhas eu precisava segurar com força as patinhas, e tinha receio de lhe machucar. Em dias de sol lhe dava banho. E preparava marmitas semanais de carne fresca. Toda manhã ele ia pra cozinha esperando por esse momento, e eu o levava pro gramado. </p><p>Na terça-feira ele não veio. E eu o encontrei entre os pés de mamão, preso por pernas que não mais obedeciam. Meu filho me ligou, e falávamos por vídeo, o Jacques ficou com a carne na boca, e só engoliu depois que o Gabriel disse "vai Jacques, come a carninha". E então, ele não comeu mais nada, nem bebeu água, nem se levantou. Eu saí pra trabalhar, mas as lágrimas me corriam, elas brotavam incessantemente, uma enxurrada. A única coisa que eu queria era ficar ao lado dele. Meu camarada me abraçou e me disse pra faltar ao trabalho. Minha amiga me abraçou, me preparou comida. Eu estava triste. Sinto saudade do meu filho. </p><p>O cachorro respirava. Lhe dei água em uma colher, ele sorveu. Passei a noite pensando que ele morreria em qualquer momento, eu queria tanto estar junto dele nesse momento. Eu não queria encontrar o corpo morto. Era sempre desafiador direcionar meu olhar pra ele. E quando via o movimento do ar o suspense continuava. Eu estava ansiosa, comprei pá com o cachorro ainda vivo. Eu teria que estar forte para enterrá-lo. </p><p>Não gostei de estar ansiosa, eu precisaria me libertar da ansiedade pra me conectar com os sentimentos que me preenchiam a alma. Fui trabalhar na quarta. Mandei mensagem pro ex-namorado, dizendo que o cachorro simplesmente não conseguia morrer, pedi que ele viesse com nosso filho, ele não veio. Levei o cachorro no riozinho que costumávamos ir, eu brincava de ninja com o Gabriel sobre as pedras e o cachorro se abaixava na água pra refrescar a barriguinha. Nesse dia ele não esboçou nenhuma reação, era por mim. Entendi que grande parte da minha tristeza vinha de reconhecer que já não haveria a família que havíamos vivido. Esse desejo já tão inconsciente seria enterrado junto com ele. O lapso de esperança de uma reconciliação, estava sumindo como a massa muscular do cachorro, me senti só. A vida está no viço dos músculos, no brilho dos olhos, e vai saindo aos poucos. Se desfazendo no ar. Minha amiga nos acompanhou, contente em descobrir um novo lugar. Eu estava acompanhada. De noite companheiros chegaram, confraternizamos um jantar, jogamos bilhar, eu dormi, acordei e o cachorro ainda respirava. </p><p>Eu lhe carreguei no colo, embalei suavemente, minha respiração estava travada. O soltei, e deitei-me junto do companheiro que pode sentir um pouquinho do meu pesar, ele não disse uma palavra, me acariciou suavemente os cabelos. Meu filho me ligou e eu disse que o cachorro estava ainda mais fraco. Ele desligou e meu camarada chegou, me preparou um suco verde. Ficou evidente que eu não estava só. Mesmo sem família por perto o que eu sentia não era solidão. Era tristeza. Morrer é um processo difícil. Amar é fácil, se não é fácil, leve, gostoso, prazeroso não é amor. Soltar toda essa integridade que concentra um punhado de vida, isso não é fácil.</p><p>Estendi meu saco de dormir próximo ao cachorro, acendi uma vela. Li uns trechos do Livro Tibetano dos Mortos, sem lá muito sentido, exceto pelo fato de falar sobre os olhos. Então, era assim mesmo, toda a humanidade que acompanhou o processo natural de morte, ao longo de séculos, me trouxe uma certa normalidade. Passamos a noite no sereno.</p><p>Na sexta, quando voltei do trabalho ele ainda respirava, e estava molhado de xixi, lhe preparei um banho morno de camomila e macela, numa bacia tão grande que o corpo flutuava, ornamentado pelas florzinhas delicadas. Um casal de amigos esteve conosco, ela com pesar, ele me assegurando a serenidade do cachorro. Choveu, viemos pra dentro. Essa foi a noite mais difícil, ele tentava latir, tentava se erguer e caia com a cabeça no chão, eu lhe contive com força, e pensei que talvez tivesse errado, que deveria ter poupado. Eu o sustentava quando ele tentava levantar, o apoiava o máximo que minha força e paciência permitia, e então o deixava tombar suavemente cansado, até que ele se agoniava e de novo eu lhe sustentava o peso. Em algum desses intervalos consegui dormir, e quando acordei não o encontrei. Fui no jardim, ele não estava. Ele havia passado por uma fresta de dez centímetros e se aninhado debaixo do sofá. Uma toquinha escura. Lá passou o sábado, apenas incomodado para que eu lhe desse água até que não quisesse mais. Essa noite, do sábado, o deixei e dormi no meu quarto.</p><p>No domingo pela manhã recebi muito amor de quem me acompanhou por todo processo. Meu filho me ligou, lhe mostrei o Jacques na toquinha. E preparei mais um banho de camomila com macela, ouvíamos incessantemente <span color="var(--ytd-video-primary-info-renderer-title-color,var(--yt-spec-text-primary))" style="background-color: #f9f9f9; font-family: inherit; font-size: var(--ytd-video-primary-info-renderer-title-font-size,var(--yt-navbar-title-font-size,inherit));"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=jL8cWRDyozc&ab_channel=HildurGu%C3%B0nad%C3%B3ttir-Topic">Leyfðu ljósinu</a>. </span><span color="var(--ytd-video-primary-info-renderer-title-color,var(--yt-spec-text-primary))" style="background-color: #f9f9f9; font-family: inherit; font-size: var(--ytd-video-primary-info-renderer-title-font-size,var(--yt-navbar-title-font-size,inherit));">O pus na água morna, ele engasgou, a respiração parou discretamente, seu coração bateu em minha mão, até parar. E assim, já não havia mais vida. E eu estive com o Jacques em seu último momento. Não há mais sua presença, nem seu pelo macio.</span></p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQk59GbaVfY7DbvzE8Gywr1hZ7V-i1TELBfoid3mUFSi53HAmR8a34AdF5zVsr6mOmxJLOp7ZPs_uJhTEKf-9xhAgrPcBYtB1iGeeZM9ZbQkfqI5VJEeg7r6zSY9KbIrVxneQsPTw_aDSHM0ukfYjTCDKidl-X-a5sZtdG9He35MFNE8jRzdDYHvXJ/s1280/IMG-20220411-WA0035.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="1280" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQk59GbaVfY7DbvzE8Gywr1hZ7V-i1TELBfoid3mUFSi53HAmR8a34AdF5zVsr6mOmxJLOp7ZPs_uJhTEKf-9xhAgrPcBYtB1iGeeZM9ZbQkfqI5VJEeg7r6zSY9KbIrVxneQsPTw_aDSHM0ukfYjTCDKidl-X-a5sZtdG9He35MFNE8jRzdDYHvXJ/w400-h300/IMG-20220411-WA0035.jpg" width="400" /></a></div><p></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-26076249549731002472022-04-07T13:41:00.005-07:002022-04-07T15:01:31.368-07:00Sou uma mas não sou só<p> Meu cachorro está morrendo e com ele a ideia do que foi a
minha possibilidade de família. A saudade, de acreditar nessa ideia, me faz criar
um tempo em que havíamos nós. Como se tivesse havido concretamente um “nós
três” no qual eu não me sentisse só, a implorar por migalhas de amor, carinho e
atenção.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Sou uma, mas não sou só.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Meu cachorro de 16 anos morre lentamente. Começou
cambaleando, a vida parava de visitar os membros inferiores, e não havia mais
controle das excreções. Até que ontem ele parou definitivamente de andar, e já
não conseguia comer nem beber água. Eu o banhei no rio. E ele passou todo o dia
respirando. Enquanto minha ilusão sobre o trio familiar se desfaz, tão lenta
quanto a morte do cachorro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não que eu queira me desfazer dessa crença, como não quero
que o cachorro morra. Mas, a vida calmamente vai deixando o corpo dele, ele está sublimando, consumindo-se, sumindo. A se diluir no ar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Gostaria que os três pudessem se juntar, pra nos despedir do
cachorro e também da ideia de “nós três”. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Por um momento pensei que pudesse estar sentindo solidão. Se
não sou trio estou só. Mas recebi abraço. De companheira e companheiros. Me
alimentaram. Sem drama, sem lágrimas, sem gravidade, assim, leve. Sinto os
pelos macios do monstro da solidão, amansado. A concepção da existência em três
vai se esvaindo, sublimando como os músculos do cachorro. E o espaço que deixa
não é vazio, embora amplo é iluminado e arejado. Preenchido de abraços, carinho, cafunés,
olhos, mãos, toques afetuosos e não compulsórios. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Somos um, sou uma mas não sou só.<o:p></o:p></p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-62808765171415348582022-03-18T09:54:00.005-07:002022-03-21T05:59:04.046-07:00Cinturão de Vênus (Ctenóforo)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyat__BJYok_Plotr-TCjc1SYPudi4V1HqkW0pu8kizTQ4kazvV0MPG0bTqkt2OYTycyeeAqLUMV6elABTwiA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><br /><p><br />O desejo de estar no mar. Para me saber acolhida, envolvida. Montei na bicicleta e fui, só. Era noite, me despi num cantinho escuro e me atirei na água. Algo gelatinoso roçou na minha perna, e mais outro. Não me machucava. Pensei que fosse plástico, mas quando tirei da água se desfez. Quatro dias depois, sob sol forte fui novamente. Dessa vez pude ver, o reflexo colorido, tão delicado. Haviam muitos, se enroscavam me acarinhando a perna. Uns pequenos peixinhos vez ou outra me beliscavam o pé. Nosso resquício de vida marinha.</p><p>Muitos anos atrás, numa sala fechada, com luz artificial estudávamos os inimeráveis compostos químicos despejados nos oceanos. E a morte que carregam em si. São toneladas de shampoo, fertilizantes, remédios, os compostos reagem e enquanto alguns cientistas buscam conhecer o efeito dessas complexas interações no funcionamento da vida, como alterações hormonais que interferem na reprodução, novos produtos são liberados no mercado, para que os cabelos fiquem "5 vezes mais brilhantes". Nossos estômagos embrulhavam. Mas a princípio estávamos lá por um diploma, por uma profissão. A matéria "poluição marinha" era optativa. A informação era repassada, pappers lidos e precisávamos saber para transcrever na prova e receber um número no boletim que ficaria em nosso histórico escolar.</p><p>Meu filho era um recém nascido e o cheiro artificial dos produtos de bebê me irritavam. Nenhum era tão prazeroso quanto o cheiro dele. Usava amido de milho quando punha fralda. E conforme foi crescendo ele mesmo rejeitava shampoos, berrava quando lhe caiam nos olhos. Eu lia o rótulo em voz alta "não arde", até que parei de obrigar, os cachinhos se formaram puros e brilhantes. O pai dele se mostrou contrariado. Percebi que já passava da hora de eu abolir o uso de shampoo da minha própria cabeça. E foi o que fiz. Sem alardes reduzi o uso de químicos domésticos ao mínimo possível em uma vida urbana de funcionária pública.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dx8RIBkXgmporztunJ7TeH-CGNiYkDvm5QUFHg_9A9W-4dXVQ07yZAX0mq5X3EdiCHgo8iWl9HEqGAD-sxzGQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><p></p><p><br />Pra vida marinha não faz a menor diferença se eu uso ou não shampoo. Independente da minha escolha individual, os produtos químicos continuarão a ser produzidos, vendidos e despejados nos corpos hídricos. E por isso não tem sentido algum desgastar minhas relações de afeto para convencer indivíduos a boicotarem a indústria farmacêutica. Não são os consumidores que determinam o que e como será produzido e distribuído. Eu nunca vi alguém comprar um tanque de guerra e ainda assim, são produzidos aos montes. Para esse ano de 2022 tem-se aprovado o gasto de US$ 768 bilhões de dólares para "defesa" dos EUA. A vida não é prioridade num arranjo social assentado sobre a lógica de acúmulo e concentração. </p><p>A gente é que vai levando o cotidiano como pode, quando uso vinagre de maçã produzido pelos companheiros do MST no meu cabelo me fortaleço. Sorrio com os cabelos brilhantes a esvoaçar enquanto procuro de que maneira poderemos superar essa lógica tão nefasta. E produzir violões invés de tanques, inteligência invés de notas, tempo livre invés de produtos tóxicos...</p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-28833012373270658372022-03-17T05:43:00.002-07:002022-03-17T06:55:02.394-07:00O que importa<p>Temos um chão para pisar.</p><p>Talvez as coisas piorem. Talvez as condições necessárias à vida tornem-se ainda mais inacessíveis. Nesse cenário de guerra, em que as "nações" respondem ampliando investimento em arsenal bélico. O suporte natural chega no seu limite, a quantidade de pessoas que migram em consequência das alterações climáticas aumenta vertiginosamente sem nenhuma política séria de mitigação em todo ocidente midiático. Mais bombas são produzidas, mais tecnologia para qualificar mísseis. </p><p>Não é o rumo social que queremos e trabalhamos como podemos para alterá-lo. Esperamos a dissolução da OTAN, acordos de desarmamento, investimentos pesados em reflorestamento, mitigação ambiental, alteração de matriz energética. Esperamos, e trabalhamos apontando as possibilidades de caminhar nessa direção. Mas, percebemos o quanto que as políticas de destruição se impõe. Quem sabe a aproximação de um cenário catastrófico alimente a fome de acumular, de salvar a si próprio, foguetes pra marte, bunkers abastecidos, sítios cercados com fonte de água pura. Ações que confirmam a percepção do tamanho caos social em que estamos. Saber disso e não se desesperar. Saber disso e justamente tornar-se mais e mais generoso. Nesse cenário catastrófico. O que nos importa manter da humanidade é o amor, a capacidade de construir relações pautadas no respeito à vida em sua potência. É isso que precisamos salvar e resguardar. Enquanto a lógica de apropriação e dominação rui, não é possível que se sustente, que se perpetue, não é possível pois não há "recursos naturais" pra isso, ademais pulsamos por florir e esse cenário tóxico não é favorável ao florescer humano. Nos mantemos firmes no propósito de viabilizar o desenho social que coíba relações abusivas, um modelo no qual o bem viver seja o objetivo de toda a decisão política, e direcionamento financeiro. </p><p>Essa firmeza vem do chão. </p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-23387242316818211402022-02-07T07:17:00.001-08:002022-02-07T07:17:45.706-08:00<p> </p><p class="MsoNormal">Rupturas são parte da vida. E também da morte. Uma porta me
fechou na cara. Talvez em grande medida por me recusar a não aceitar meu corpo.
Me recusar a esconde-lo. Por isso sou constantemente punida, e cobiçada. As
tempestades não vem só. Fragilizada, revendo minha vida afetiva-sexual me dando
as costas. O cachorro adoece. O cachorro que acabou por se tornar o único elo
com minha juventude. Mudei de casa, de rua, de cidade, de estado, as pessoas
mudaram, afastaram, morreram, só o cachorro ficou. Agora, a vida vai se
afastando dele, a vitalidade diminui, as pernas traseiras fracas, as doenças lhe
tomam, e eu choro. Choro as rupturas, presentes, passadas e futuras, os
abandonos, as dores, eu choro tomada pelas emoções dependo de pessoas próximas
para trazerem alguma razão, alguma ordem em todo esse caos. <o:p></o:p></p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1802664571987257524.post-63669502106479420022022-02-03T06:28:00.001-08:002022-02-03T06:28:22.213-08:00Iemanjá mãe de todos os orixás<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgtFfuWaqPZBVWl30JafhY5OIt-zP41qlDhuX9HSgkeqKHvrXj6n24gEDfE74axpa7VN8vNBYPekela771V7Or0NaKaseM0I0TEvBlTTh-ObdXCFqsh-qqD-Roc-to2-SP5uMTjXIY-ggwWP0CXPiu2v5DX7bqnIsCxoJCFMUjJ-rTU3hYd81PWqVVW=s320" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="251" data-original-width="320" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgtFfuWaqPZBVWl30JafhY5OIt-zP41qlDhuX9HSgkeqKHvrXj6n24gEDfE74axpa7VN8vNBYPekela771V7Or0NaKaseM0I0TEvBlTTh-ObdXCFqsh-qqD-Roc-to2-SP5uMTjXIY-ggwWP0CXPiu2v5DX7bqnIsCxoJCFMUjJ-rTU3hYd81PWqVVW" width="320" /></a></div><p><br /></p><p>Iemanjá! Divindade da Fertilidade. Relacionada às águas - nascentes e desembocaduras - essas emoções que fluem, ciclo caótico de nascer, viver, morrer... </p><p></p><p>A sagrada maternidade é fluir de líquidos. Nossa concepção, por natureza, inicia com o gozo. Molhado. E dentro desse corpo de água forma-se o oceano primitivo. O qual deságua no nascer. Momento tomado de Ocitocina - amor e prazer. É o prazer vindo das águas que traz a vida. </p><p>Mãe é o impulso de vida que vem de fora e reverbera em amor e prazer. Começa no óvulo, no sexo, na gestação, no parto e segue em todas as ações e relações que potencializam a vida, que inundam de ocitocina: alimento, sexo, amizade, prazer, luta - tudo isso tem um “que” de mãe, de água, de Iemanjá.</p>Eve_kehttp://www.blogger.com/profile/08155259227014773780noreply@blogger.com0