“O sentido da vida com freqüência é tema de questionamento.

Nesses momentos, a tendência é buscar uma resposta, uma compreensão, e as fontes são diversas: os mais sábios, os livros, passar por experiências, entre outras.


Para a maioria dos homens uma maneira de fazer seu nome viver após a morte tem sido através

Nos últimos anos o narcisismo tem encontrado outras formas de se nutrir, na medida que os pais se frustram, porque os filhos são cada vez menos o que eles queriam que fossem, e também porque as famílias estão mudando.
Então, o que ocorre?
Em muitos lares os filhos estão sendo substituídos por cães.

Eles passaram a ocupar um espaço importante entre as pessoas que vivem sozinhas, bem como entre as famílias encolhidas ou que demoram a ter filhos. E a ciência diz que isso faz todo sentido, porque eles despertam quase tanto amor e carinho quanto um bebê, substituindo o amor incondicional dos pais pelos filhos.
Freud, em sua entrevista sobre o valor da vida, comenta que “prefere a companhia dos animais à companhia humana, pois são muito mais agradáveis as emoções simples e diretas de um cão ao balançar a calda ou ao latir expressando seu desprazer”.

O cão, tal como se encontra hoje, é uma criatura que o homem inventou , aperfeiçoou e moldou a sua imagem e semelhança. O narcisismo humano está fazendo isso com os cães, tornando-os cada vez mais “perfeitos”, assim como a religião criou um homem à imagem e semelhança de Deus, ou um Deus à imagem e semelhança do homem.

Os cães estão ajudando muitas pessoas, e assim continuará a ser, sempre surgirão novas motivações a serem adicionadas às já existentes para que as pessoas encontrem um sentido a mais à suas vidas.”
Texto adaptado a partir do artigo de mesmo nome da postagem, publicado no Jornal da Brasileira, nº 2 (Órgão de Divulgação da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre)
Autoria de Sílvia Katz.