sábado, 15 de setembro de 2012

Desevolução...


E SE não formos os animais mais evoluídos do planeta? Digo, fomos nós (mais precisamente Darwin) que estudamos e elaboramos a teoria da evolução das espécies e nos colocamos no topo, correto? E somos nós também que acreditamos na impossibilidade da existência de uma Verdade Absoluta, a ser atingida no nosso grau de consciência! Assim, tudo pode e deve ser questionado. Tomo licença para questionar o evolucionismo do reino animal. E imaginá-lo ao contrário, como me faz mais sentido.

Voltemos ao homem da caverna, imaginemos que os outros reinos (chamados de reinos) que não o animal, já exista. A atmosfera está propicia a vida graças aos microorganismos (seriam moneras? Tem hífen? aaaf...) e temos um exuberante reino vegetal que nos alimenta. MAS, não temos pele de animais para nos protegermos das intempéries, e temos que ficar juntos e abrigados do frio intenso, muitos morrem de frio, de calor, enfim, temos que buscar tocas, nos limitando espacialmente e temporalmente, mal podemos colher no inverno, temos que morar em regiões de clima ameno e que haja proteção, como tocas e coisas assim.

Eis que, um de nós nasce com cabelos por todo corpo! São os pelos, ele pode sair e se alimentar mesmo nos dias mais frios, com o avanço da “biotecnologia” desenvolveu habilidades de subir em árvores, ele estava então muito mais adaptado a vida. Ele (e seus descendentes) trazia vegetais para os “entocados”, mas isso parecia não ser suficiente para alimentar a crescente população faminta, que começou a atacar e matar os “adaptados” para se alimentar deles. Esses se sentiram obrigados a se afastar de uma vez por todas do grupo, e foram dando origem a outros animais ainda mais evoluídos e mais livres, os peixes são um avanço enorme na evolução, pois conseguiram dominar maior espaço da terra.


Logo, podemos não ser os mais evoluídos e sim os menos. Note, dependemos de palavras e gestos para uma comunicação falha e repleta de desentendimentos. Assistimos violência contra nossos semelhantes para sentir prazer (chama-se cinema, a evolução dos gladiadores), o que me parece um hábito bastante primitivo, não?

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O revolucionário

Essa é curtinha! E para mim foi surpreendente, é interessante como mesmo estando a tantos anos no RS eu não conheço todos os conceitos deles, pensando bem, acho que é interessante como mesmo estando a tanto tempo nesse planeta eu não entendo vários conceitos. Mas, ok, não vou fugir da especificidade do acontecido.

Estou tendo uma disciplina muitooo interessante com um professor da geografia, ele tem o encantador hábito de falar o que pensa, e melhor ainda, pensar criticamente e com embasamento de grandes pensadores. Sua matéria é planejamento territorial, Rio Grande é um estudo de caso perfeito, pois encontra-se em franco crescimento economico com ZERO desenvolvimento, eu diria até um retrocesso, que palavra expressaria isso? Desdesenvolvimento? Entretanto, ao que parece, existe um consenso entre os outros professores que crescimento é progresso (e ponto final), gerando assim, um conflito de opiniões.

Eis que certo dia, aqui na FURG mesmo, próximo ao "corredor da geografia" me deparo com uma amiga, com a qual fiz estágio ano passado, e como ela se formou em geografia, então eu comentei do professor. Entre os adjetivos que usei no comentário estavam: maravilhoso, interessantíssimo, polêmico. Nesse último, ela foi abrindo mais os olhos, creio que chegou a mantê-los arregalados, enquanto olhava para os lados e por fim diminuiu o tom de voz e me sussurrou o seguinte:
- Os professores daqui da geografia não concordam muito com ele, há até quem o chame de... (olhou novamente pelos ombros e baixou ainda mais o tom de voz)... revolucionário.
Puxa vida! Essa palavra me causou um excitamento tão grande! Um verdadeiro alvoroço interno. Passado esse êxtase momentâneo, percebi que talvez essa alegria não fosse a reação esperada.
- Nossa, e revolucionário é um xingamento? não é uma qualidade positiva?
  Ela pareceu meio confusa, como que enfrentando um dilema inesperado. E concluiu simplesmente:
- Ah, depende do contexto.