sexta-feira, 12 de julho de 2024

Felizes para sempre

 Mesmo sendo incapaz de acompanhar as "fofocas", as minúcias das vidas íntimas de pessoas famosas, algumas coisas me chegam. Por que tenho amigas que amo e que me amam a ponto de conversar comigo, e elas são capazes de elaborar raciocínios políticos críticos e ao mesmo tempo acompanhar o resultado do campeonato de futebol e as celebridades.

Foi assim que perguntaram nos grupos de zap "vocês viram o que aconteceu com a Iza?". Eu fui pesquisar, essa diva da música, se apaixonou por um homem, com quem casou, copulou e engravidou. Isso tudo com fotos glamurosas e agora foi nas redes sociais falar que terminou o casamento porque foi traída. Ao que parece ser traída se refere ao fato de o homem ter transado com outra pessoa, sem que ela soubesse ou consentisse. 

Eu conheço pessoalmente um total de zero casais que me parecem apaixonados e felizes, que se respeitam e apoiam. Há uma tendência entre as mulheres culpabilizarem os homens por serem imaturos, hedonistas, irresponsáveis e desrespeitosos. Bem, essa tendência é baseada em estatística. Acontece que quando a gestante é abandonada, se não tem dinheiro para contratar serviço de cuidado, ou a família para fazer o apoio, a chance de ela ter atendida as necessidades materiais e espirituais é nula. Cada um ajuda como pode, de maneira pontual e descontínua. Mas o compromisso de apoio integral e continuado não há. 

É muito difícil que um único modelo de suporte para prover as condições para o desenvolvimento de uma criança atenda a todas as mães. E digo mãe por ser comprovado cientificamente a importância da mãe até os 7 anos. Não exclusivamente, mas necessariamente. A maioria dos casais não formam um lar saudável. Alguns passam a se odiar. É preciso que as condições de vida da gestante sejam garantidas, independente de emprego e de casamento. Isso enquanto medida objetiva. 

Subjetivamente precisamos ver a realidade como ela se manifesta na matéria. E não como gostaríamos que fosse. É bom demais a paixão, em especial a que nos impele à reprodução. É um estado na alma grandioso, potente e inesquecível. Gostaríamos de viver eternamente nesse estado. E os filmes nos sinalizam que é possível, as juras de amor reafirmam. Até que vem a realidade, que impõe o fato de que vivemos em um mundo real, não ideal.