quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O Vôo da Gaivota.



Eu me descobri uma espiritualista espírita! rs... Minha mãe sempre me contou 1000 histórias espíritas, portanto eu, que prestava particular atenção ao que era dito, sempre tive uma inclinação à tal filosofia.

Minhas experiências particulares foram poucas, talvez pela minha ignorância e imenso medo. Eu não lembro qual veio primeiro, mas, certa vez dormindo no quarto que minha falecida avó costumava dormir, eu acordei de repente (o que é mto raro, uma vez que meu tipo de sono é o pesado/profundo), eu fiquei deitada de lado, tentando imaginar o que fazia eu de olhos abertos, então eu ouvi, uma respiração, alta e forte, de alguém que dormia de boca aberta,como a de minha avó, quando ela dormia. Eu pulei da cama e sai correndo do quarto, na sala a respiração era igual, como se viesse de todos os lugares, prestei atenção pra ver se não estava confundindo com a do meu pai, mas não, o ronco dele estava lá, competindo com a respiração misteriosa... rs... Me afastei até a janela, onde não podia ouvir nada e rezei um pai-nosso (minha oração mor) e então, não ouvia mais a respiração, só o ronco do meu pai.

A outra experiência, não foi exatamente minha, mas foi para mim, bom veja você. Eu estava no segundo colegial e resolvi por as “asinhas de fora”, eu não sabia o que eu era (ainda não sei exatamente o que sou, mas sei o que não sou) e saia com umas amigas em busca de... bem, em busca de mim mesma, talvez. Meu papo com a minha mãe não era exatamente uma beleza, mas certo dia ela chegou assustada perto de mim e me disse:
- Keith, eu estava orando, quando algo dentro de mim disse para pegar uma caneta e um papel, e então, eu escrevi isso.
No papel dizia: Lídia, fala pra Keith que o fim pra quem usa drogas é a morte morte MORTE. E as letras iam ficando maiores e mais fortes. Nunca me esqueço, guardei o papel, mas já não sei onde está.

Enfim, gosto de ler, descobri isso no vestibular e desde então sempre ando com um romance na mochila, fuço a biblioteca da facul de cabo a rabo, e os livros se candidatam para serem lidos por mim, tenho uma quedinha por psicologia e estava nessa estante quando esbarrei no livro Violetas na Janela, adorei, achei fantástico ler um livro de alguém que já tinha passado pelo que eu mais temia na vida. Passei a ler livros desse tipo e quando estava com algum conhecimento minha tia “desencarnou”, penso como seria mais difícil se eu não tivesse esse conhecimento.

Às vezes me considero realmente sortuda. Fiquei muito grata por como as pessoas estão reagindo a essa minha nova filosofia, ninguém ainda me chamou de esquisita ou maluca por isso, e inclusive acho que pude, de alguma forma, ajudar meu pai. Ele realmente gostava dessa irmã, mas eu não sei como é o relacionamento dele com Deus, expus minha opinião, acho que ele gostou, acho que se acalmou. Ninguém na família leva mto a serio a religiosidade exagerada da minha mãe, e ninguém expressa nenhum outro tipo de espiritualidade.

O que eu gosto no espiritismo é, além de tudo, o novo conceito de bondade. Já expressei aqui o que eu acho sobre ser bom. Mas, esse livro (O Voo da Gaivota) vai além e eu fiquei realmente surpresa. Em um ponto do livro em que ela conta a história de um médico nazista que fazia experiências em um campo de concentração, as experiências eram realmente cruéis e eu nem consegui ler, quando ele desencarnou, claro, muitos dos que ele havia afetado ficaram esperando por ele no umbral e passaram anos o atormentando, até que ele pediu ajuda. Simplesmente isso, você está me entendendo? Ele pediu sinceramente ajuda, e foi respondido. É um conceito novo, as suas vítimas sofreram, mas não evoluíram, quiseram vingança.
É bom saber que tem um Deus,pelo menos o meu Deus, que não tem regras lineares, não tem o fazer isso pra receber aquilo, o assunto aqui é bem mais amplo. É disso que eu gosto.

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