quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Composteri@s de plantão - parte 1

Algo vem me rondando, já tem alguns meses, ou seriam anos? Tenho sonhado com uma independência total, sabe, do tipo autosuficiência? E tenho pensado cada vez mais que a chave disso reside na permacultura, agroecologia... eu ainda não sei muito bem os conceitos que as envolve. Mas adoraria plantar mais e comprar menos. Buscando sites noto que existem diversos movimentos nesse sentido. E que se tem uma coisa importante é a troca de informação (gratuita).
Então, cá estou para relatar minha experiência no projeto da composteira da minha universidade, a FURG!
O projeto já está entrando no seu terceiro ano. Ele teve início com a empresa júnior ECOSERVICE. Para entrar cada candidato passava por uma gerência da empresa, os de projetos tinha que bolar um projeto. Nosso colega Hugo, sugeriu a ideia de compostar os resíduos orgânicos do restaurante universitário - RU. Eu acabei ficando encarregada da gerência de projetos e optamos por dar continuidade ao projeto. Visitei alguns lugares, conversei com algumas pessoas, o mais difícil foi entender como funciona o tal sigproj. E aos trancos e barrancos o projeto foi submetido e aprovado. Inclusive com o auxílio de um bolsista. Conseguimos ajuda de um espetacular consultor, o Chris, que deu todo suporte técnico.
Mas, o bolsista, que já não tinha lá um ideal muito ecológico, recebeu uma oportunidade melhor e pinicou. O desespero foi geral. Mas, chegamos num feliz consenso de tocarmos nós mesmo o projeto de maneira voluntária! Cada um ficaria responsável por realizar a função em um dia da semana.
Assim, o bonde foi andando. A ecoservice mudou de gestão. E a nova gestão chegou a conclusão de que o projeto não se encaixava com os ideias da empresa. Essa atitude gerou um certo conflito. É que assim, para algumas pessoas é importante a produção de solo fértil, a descontaminação de corpos hídricos (evitando-se chorume), e para outras pessoas, por a mão no lixo para esperar virar húmus, parece piada.
E o projeto continuou. Isso porque existem pessoas que compartilham fortemente com o ideal da permacultura. A professora responsável, Dione, é uma entusiasta do nosso projeto, o Vandeco, funcionário que trabalha no horto se dedica completamente ao projeto. E nós, sem muita liderança, vamos tocando, mais com o coração do que com a razão.
Na MPU, um dos voluntários, o Bahia, apresentou o projeto, e despertou muito interesse e elogio.
No próximo post pretendo mostrar o que fazemos cada dia nas leiras.

Ainda não entendo muito a diferença de leira e composteira, eu imagino que essas pilhas grandes que nós fazemos são leiras, e a que eu tenho em casa, dentro de um cesto é composteira. Mas o importante é transformar o resíduo orgânico em abudo natural de ótima qualidade.

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